A Barra do Saí, localizada no encantador município de Itapoá, Santa Catarina, é uma região que respira história e natureza. Recentemente, a construção de dois molhes de pedras no Rio Sai Mirim tem sido um assunto de grande interesse tanto para moradores quanto para visitantes. Mas qual é a verdadeira importância dessas estruturas? Vamos explorar os benefícios e os impactos dessa obra que promete transformar a paisagem local.
A Necessidade dos Molhes
Os molhes de pedras são estruturas artificiais construídas com o intuito de controlar o fluxo das águas e proteger as margens dos rios e áreas costeiras da erosão. No caso do Rio Sai Mirim, a construção desses molhes é essencial para diversos aspectos:
Proteção Contra a Erosão:
A erosão das margens do rio tem sido um problema constante, ameaçando não apenas a biodiversidade local, mas também as propriedades e infraestruturas próximas. Os molhes atuam como barreiras que reduzem a força das correntes e ondas, protegendo a integridade das margens.
Melhoria na Navegação:
O Rio Sai Mirim é uma via importante para pequenas embarcações de pesca e lazer. Os molhes ajudam a estabilizar o leito do rio, proporcionando condições mais seguras e previsíveis para a navegação, facilitando o tráfego e promovendo o desenvolvimento econômico da região.
Segurança dos Pescadores:
Um dos principais motivos para a construção dos molhes é aumentar a segurança dos pescadores que utilizam o Rio Sai Mirim. Anteriormente, as condições instáveis e imprevisíveis da foz do rio representavam riscos significativos, resultando em acidentes graves e até mesmo em mortes. A estabilização da foz com os molhes visa reduzir esses riscos e garantir um ambiente mais seguro para a comunidade pesqueira.
Desenvolvimento Sustentável:
A construção dos molhes é um passo significativo em direção ao desenvolvimento sustentável. Além de proteger a área contra a erosão, eles promovem a sedimentação, criando novos habitats para espécies marinhas e aves, contribuindo para a biodiversidade local.
Perguntas e Respostas sobre a Construção dos Molhes
1. Por que a construção dos molhes demorou tanto para ser licenciada?
O processo de licenciamento dos molhes foi longo devido à necessidade de atender a todas as condicionantes ambientais exigidas pelos órgãos licenciadores. Isso inclui a obtenção de todas as licenças necessárias, como da Agência Nacional de Mineração, SPU e IMA, entre outras.
2. Quantos molhes estão sendo construídos e qual a sua finalidade?
Estão sendo construídos dois molhes, o molhe sul e o molhe norte. A finalidade dessas estruturas é fixar a abertura da nova foz do Rio Sai Mirim, garantindo a estabilidade e a segurança da área.
3. O que acontecerá com a foz atual do Rio Sai Mirim?
A foz atual será sedimentada, e ocorrerá um transplante de restinga para essa área. Além disso, haverá um processo de dragagem para retirar sedimentos do fundo do Rio Sai Mirim e lançá-los na foz atual.
4. Como será realizado o processo de dragagem?
O processo de dragagem será feito por recalque, retirando o sedimento do fundo do rio na área próxima à foz e lançando-o na foz atual. Esse processo é fundamental para garantir a estabilidade da nova foz.
5. Qual é o papel do Consórcio na execução da obra?
O consórcio é responsável por executar a obra de engenharia, seguindo todas as condicionantes ambientais exigidas. Eles trabalharão em conjunto com a prefeitura de Itapoá, garantindo que todos os requisitos ambientais sejam cumpridos rigorosamente.
6. Quanto tempo levará a obra e como será o acompanhamento ambiental?
O contrato para a execução da obra tem um prazo de 8 meses. Durante esse período, haverá um acompanhamento contínuo, durante 4 anos, das condicionantes ambientais para garantir que a área seja preservada e que as condições naturais sejam mantidas.
7. Qual é a importância do acompanhamento ambiental após a conclusão da obra?
Mesmo após a conclusão da obra, o acompanhamento ambiental é crucial para garantir que a biodiversidade e as condições naturais da área sejam preservadas. Isso inclui monitorar a eficácia das medidas de mitigação implementadas e realizar ajustes conforme necessário.
8. Quais eram os riscos enfrentados pelos pescadores antes da construção dos molhes?
Os pescadores enfrentavam condições extremamente perigosas devido à instabilidade da foz do rio. As correntes fortes e a sedimentação imprevisível aumentavam o risco de acidentes graves. Infelizmente, alguns pescadores perderam suas vidas nessas condições. A construção dos molhes visa minimizar esses riscos, proporcionando um ambiente mais seguro para todos que dependem do rio.
9. Como os molhes beneficiarão os surfistas?
As novas condições de marés e a movimentação de areia criarão ondas melhores e mais consistentes, favorecendo o surf. Daniel Mika, corretor da Juliano Oliva e surfista local, explica que as correntes de maré trarão areia que ajudará a formar ondas propícias tanto para a esquerda quanto para a direita, melhorando significativamente as condições para o surf na Barra do Saí.
10. A construção dos molhes afetará a natureza?
A construção dos molhes foi cuidadosamente planejada ao longo de vários anos para garantir que a natureza seja preservada. Estudos detalhados de impacto ambiental foram realizados para entender e mitigar quaisquer efeitos adversos. O projeto inclui medidas como o transplante de restinga, dragagem controlada e um acompanhamento ambiental rigoroso durante e após a construção. O objetivo é assegurar que o ecossistema local não apenas permaneça intacto, mas também se beneficie das novas condições criadas pelos molhes.
Um Futuro Promissor
A ordem de serviço para a construção dos molhes foi assinada no dia 09 de maio de 2024, e nós da Juliano Oliva Imóveis estávamos presentes neste evento histórico. As perguntas foram respondidas pelo secretário do meio ambiente Rafael Brito, um geógrafo, doutor e nativo de Itapoá, que tem um profundo conhecimento e compromisso com a preservação ambiental da região.
A construção dos molhes de pedras no Rio Sai Mirim é mais do que uma simples obra de engenharia; é um símbolo de progresso e compromisso com o meio ambiente. Com a conclusão do projeto, espera-se não apenas a melhoria das condições de vida para os moradores da Barra do Saí, mas também a atração de turistas e investidores, impulsionando a economia local.
Além disso, essa iniciativa serve como exemplo de como o desenvolvimento e a preservação ambiental podem caminhar lado a lado, mostrando que é possível criar soluções que beneficiem tanto as pessoas quanto a natureza.
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